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sábado, 21 de janeiro de 2012

A pedagogia de Projetos


A Pedagogia de Projetos é hoje muito veiculada no cenário pedagógico, porém, a idéia não é tão nova. Ela remonta aos ideais pedagógicos do início do século, quando se falava em ensino global e sobre o qual se debruçaram famosos educadores, entre eles, os norte-americanos John Dewey (1852-1952) e Willian Kilpatrick (1871-1965). Idealizada inicialmente por Kilpatrick (1974), discípulo de Dewey e, atualmente, re-estruturada e veiculada por Hernandez, a pedagogia de projetos teve início a partir do pressuposto da importância de se desempenhar, no espaço escolar, atividades com intenções definidas ou integradas a partir de
propósitos pessoais.

“É uma experiência valiosa, unitária, intencional, intensamente auto-motivada e realizada em situação real, cujo objetivo determina os rumos das atividades e guia os seus passos até sua completa realização. Só uma atividade aceita e projetada pelos alunos pode fazer da vida escolar uma vida que eles sintam que vale a pena viver” (Kilpatrick 1974, p. 11).

O Método dos Projetos de Kilpatrick parte de problemas reais, do dia-a-dia do aluno. Todas as atividades escolares realizam-se através de projetos. Originalmente ele chamou de projeto à "tarefa de casa" - "home project" - de caráter manual que a criança executava fora da escola. O projeto como metodologia didática era uma atividade intencionada que consistia em os próprios alunos fazerem algo num ambiente natural, por exemplo: construindo uma horta, poderiam aprender: ciências, linguagem, geometria, desenho, cálculo, história natural etc.

Kilpatrick classificou os projetos em quatro grupos: a) de produção: no qual se produzia algo; b) de consumo: no qual se aprendia a utilizar algo já produzido; c) para resolver um problema e d) para aperfeiçoar uma técnica de aprendizagem. Para ele, um bom projeto didático deveria abarcar as seguintes características: a) ser uma atividade motivada por meio de uma conseqüente intenção; b) caracterizar-se como um plano de trabalho, de preferência manual; c) constituir-se de atividades que impliquem uma diversidade globalizada de ensino; d) ser uma atividade que se dê num ambiente natural. Ainda para Kilpatrick, um bom projeto deveria estar pautado nos três princípios seguintes: a) princípio da situação problemática: o projeto surge de um problema que desperta o interesse do aluno, a ponto dele desejar resolvê-lo; b) princípio da experiência real anterior: em que só a experiência garante o êxito; c) princípio da eficácia social: o projeto deve ser executado em conjunto e para elucidar questões que garantam uma boa convivência (Ibid).

Percebe-se semelhança de pontos de vista entre Kilpatrick (1974) e Hernandez (1996) quanto à categorização de um bom projeto. Para Hernandez (1996) o que “poderia ser” um projeto – numa atitude que trata de manter uma certa coerência com a noção de conhecimento, ensino e aprendizagem veiculada na Metodologia de Projetos – pode ser assim caracterizado: 1) um percurso por um tema-problema que favorece a análise, a interpretação e a crítica (como contraste de pontos de vista); 2) Onde predomina a atitude de cooperação e o professor é um aprendiz e não um perito (pois ajuda a aprender sobre os temas que há de estudar com os alunos); 3) um percurso que busca estabelecer conexões e que questiona a idéia de uma versão única da realidade; 4) cada percurso é singular e se trabalha com diferentes tipos de informação; 5) o docente ensina a escutar: do que os outros dizem também podemos aprender; 6) sobre o que queremos ensinar há diferentes formas de aprender (e não sabemos se aprenderão isso ou outras coisas); 7) uma aproximação atualizada aos problemas das disciplinas e dos saberes; 8) uma forma de aprendizagem em que se leva em conta que todos os alunos podem aprender se encontrarem lugar para isso; 9) por isso, não se duvida que a aprendizagem vinculada ao fazer, à atividade manual e à intuição, também é uma forma de aprendizagem.

Desta forma, a Metodologia de Projetos possibilita desenvolver atividades de ensino e aprendizagem que permitem a contribuição de diversas áreas do conhecimento e favorece a compreensão dos multifacetados aspectos que compõem a realidade. Nesta metodologia, professor e alunos compartilham metas objetivas de trabalho e os conteúdos são organizados em torno de questões que permitem a sua re-significação no interior do processo ensino-aprendizagem.

Alunos e professor têm a possibilidade de aplicar seus conhecimentos prévios sobre determinado tema, buscar novas informações e utilizar os conhecimentos e os recursos construídos a partir de diálogos e pesquisas, atribuindo um sentido amplo ao assunto.

Ao professor, cabe planejar uma série de atividades organizadas e direcionadas para a meta objetiva preestabelecida para que, ao realizá-las, os alunos assumam coletivamente a tarefa de decidir sobre o desenvolvimento do trabalho, bem como, conheçam e discutam a produção de todos os grupos da classe. Faz-se necessário que o professor tenha clareza dos objetivos que quer alcançar, formule claramente as etapas do processo e, portanto, planeje o trabalho a ser implementado.

Devem ser incluídas no planejamento do projeto atividades de “saídas” da escola para “exploração de campo” que possibilite o contato com a realidade “além muros escolares”. A forma de organização dos conteúdos e atividades do projeto, porém, não deve representar aumento de carga horária de alunos ou professores e, tampouco, de atividades extras: ela é a maneira sine qua non para se planejar a tarefa educativa formal.

A culminância do Projeto se dá através da circulação do conhecimento construído na forma de uma atividade de expansão para o meio coletivo, ou seja, para a comunidade escolar. Desta forma, os alunos sabem objetivamente o que e porque estão executando as atividades propostas; aprendem a formular questões investigativas e a transformar dados em informações, informações em conhecimento e, conhecimento em instrumento de ação, ainda que esta ação, aos olhos de outrem, possa parecer meramente recreativa.

Pautado nessa metodologia, o professor procura estabelecer seqüências de atividades e, portanto, de aprendizagem que proporcionem ao máximo a assimilação significativa, por parte dos alunos, dos conteúdos, das atividades e dos objetivos. Desta forma, toma decisões capitais sobre a maneira de planejar, de ensinar e de avaliar – percebendo se os aprendizados prescritos foram realmente atingidos na extensão e profundidade desejadas, no decorrer do processo e não através de situações artificiais de avaliação.

Essa metodologia pretende garantir o respeito às características de cada contexto educativo e às diferenças individuais dos alunos. O critério de individualização do ensino é o ritmo de aprendizagem: alunos mais lentos precisam de mais tempo para aprender e, os mais rápidos, de menos tempo. Torna-se abolida, portanto, a idéia de “intervenções complementares compensatórias” para as dificuldades de origem individual ou social dos alunos (como a prática das aulas de apoio). A verdadeira individualização consiste em adaptar os métodos de ensino às características diferentes dos alunos e, neste particular, a metodologia de Projetos resulta bastante interessante.

Características de um planejamento a partir da Metodologia de Projetos:
* o objetivo é compartilhado por todos os envolvidos;
* há um produto final em função do qual todos trabalham;
* dispõe-se do tempo de maneira flexível;
* os alunos podem tomar decisões a respeito de muitas questões: controle do tempo, divisão e redimensionamento de tarefas, avaliação do resultado em função do plano inicial, entre outras;
* planeja-se situações em que as linguagens oral e escrita se inter-relacionem de maneira contextualizada (leitura e produção de texto);
* planeja-se situações lingüisticamente significativas;
* pode-se envolver ou não diferentes áreas do conhecimento;
* pode-se estabelecer uma intersecção entre conteúdos de diferentes áreas do conhecimento;
* favorece-se o necessário compromisso do aluno com sua própria aprendizagem;
* agrega-se significado à determinadas práticas habituais que não fazem qualquer sentido quando trabalhadas descontextualizadamente, tais como: cópia, ditado, produção de texto coletivo, correção exaustiva do produto final, exigência de ortografia impecável, entre outras.

Assim, sendo respeitadas as características básicas de um planejamento pautado na Metodologia de Projetos e levando-se em consideração a tipologia de conteúdos exposta acima (sugeridos por Coll, 1997), o professor deve se pautar no objetivo de construir com seus alunos um certo “corpo de condutas” – valores, atitudes, princípios, procedimentos, conceitos e fatos – que os faça perceberem quão grandiosa é a tarefa proposta.

Posto que leva em consideração a multifacetada gama de aspectos de que se constitui o sujeito cognoscente: razão, afetividade, sociabilidade e, sobretudo, corporeidade – sem o corpo não há morada para a afetividade, para a cognição ou para a sociabilidade, pois o aluno se apresenta ao mestre através de seu corpo, a partir do qual pensa, fala, toca, gesticula – pois, planejar, é “pré-ver”, é encaminhar, é acompanhar o processo e aguardar – numa “espera impaciente” – o produto: um aluno ciente e consciente do mundo, das coisas do mundo, de como lidar com os outros, com o mundo e consigo mesmo. Assim, organiza o “caos” da existência do aluno ao impor determinados limites, ao mesmo tempo em que o leva a transpor seus limites, numa busca constante pela excelência, acalentando o sonho de poder construir um sujeito que tenha espaço no grupo e que seja capaz de construir seus próprios conhecimentos.

Deste modo, os conteúdos serão significativos, pois o que acontecer em decorrência do planejamento, foi "pré-visto", feito, escolhido, pensado, sentido, analisado e empreendido com base em necessidades reais. Sábio que é, o professor reconhece seu papel de apresentar à criança o espaço público – a res publica – sem feri-la ao apresentar a ela a despedida do espaço privado e a ampliação de horizontes provocada por esta despedida.

Exemplo prático

Tomemos como exemplo a temática “Horta”. Com base no exposto acima, pretende-se esclarecer a seguinte idéia: mais do que saber o que é uma horta, o que plantar numa horta, de quais seres é constituído o ecossistema de uma horta, o que são hortaliças (conteúdos conceituais); a criança deve aprender a construir conhecimentos sobre: como plantar, como cuidar de uma horta, como cultivar hortaliças (conteúdos procedimentais) e como cuidar do ecossistema de uma horta, como aproveitar o produto de uma horta – seus frutos –, como alterar seus hábitos alimentares a partir do cultivo de uma horta (conteúdos atitudinais), enfim, provocar mudanças de valores, atitudes e procedimentos a serem utilizados na vida em sociedade.

A seguir, exemplifica-se, de modo didático, uma vivência junto a um grupo de alunos, quando determinada professora desenvolveu um projeto de trabalho tendo como tema “Uma horta em minha escola”.

“O cuidado com o canteiro iria iniciar e a sala estava em polvorosa. Primeiro, conversamos acerca de seus conhecimentos sobre uma horta. Muitas hipóteses pipocaram. Passamos, então, a elencar quais materiais necessitaríamos para o cultivo de uma horta, os quais foram listados em uma tabela com duas entradas, na qual a primeira entrada apresentava os materiais e instrumentos necessários e, a segunda entrada apresentava o conceito de pertencimento – se tínhamos ou não aquele instrumento na escola ou se precisaríamos adquiri-lo”.

Antes, porém, foi necessário que a professora sistematizasse as etapas do processo, como na Tabela 1:

Tema do projeto: Uma horta em minha escola

Abrangência: Conhecimento de Mundo: Natureza e Sociedade, Linguagem Oral e Escrita, Matemática, Artes Visuais, Movimento e Música.

Produtores: Professora e alunos da sala verde - turma de 6 anos

Destinatário: Professores e alunos da sala verde especificamente e comunidade escolar em geral

Como começar: Roda da conversa (sobre conhecimentos prévios dos alunos acerca do cultivo de uma horta) roda da leitura (com portadores de texto que trouxessem informações sobre o cultivo de uma horta)

Justificativa: O presente projeto não contou com determinação prévia de sua duração, por se tratar de um tema instigante com possibilidades de abrangência genuínas. O interesse e participação da turma de alunos foi o fator determinante para a estruturação temporal do trabalho. A escolha deste tema se deu devido ao grande interesse demonstrado pelas crianças em manusear, observar e hipotetizar sobre bichinhos de jardins e hortas – tatuzinhos, borboletas, joaninhas, minhocas, entre outros, bem como plantas e flores – com gestos ora de afeto, ora de depredação – e os medos e brincadeiras derivadas desta exploração. Fazia-se necessário, assim, possibilitar que os alunos conhecessem e cultivassem uma horta, conhecessem seu ecossistema e se sensibilizassem sobre o fato de ser, a horta, fonte de alimentação e consumo; procurando ampliar seus horizontes no que tange à constituição e importância de uma horta para a alimentação, a possibilidade de inserir outras atitudes frente aos seres vivos em questão, bem como, ampliar seu entendimento quanto aos hábitos alimentares em sua dieta diária.

O que os alunos vão aprender:

1. Fatos, Conceitos e Princípios: Em Natureza: o que é ecossistema; o que é germinação; o que é fauna e flora; o que é adubo; tipos de adubo; o que é transplante de plantas; o que são hortaliças, especiarias e bulbos; o que são frutas e legumes; o que é clorofila; diferenças entre semente e caroço; partes de uma planta; o que são plantas ornamentais; o que são plantas medicinais; diferenças entre floresta, horta, jardim, pomar; diferenças entre fazenda, chácara e sítio; classificação de árvores e arbustos e outras plantas; o que são ervas daninhas e pragas; qual é o ecossistema de uma horta: o que são pulgões, lagartas, minhocas, formigas, vaquinha, brocas, cochonilhas, afidídeos, lesmas, caracóis, borboletas e joaninhas e quais suas “funções”; horticultura e fases da lua, sistema solar e planeta Terra; quantidade de água existente no planeta Terra; importância do sol, do ar e da água para o plantio; coleta seletiva de lixo, tipos de lixo; porque precisamos nos alimentar; tipos de alimentos (reguladores, construtores e energéticos); diferença entre vento, ar e gases intestinais; órgãos do sentido; aparelho digestório; agravos à saúde etc. Em Sociedade: o que é uma quitanda; planta do bairro onde se mora; planta de uma casa (externa) com horta; planta de uma horta; profissionais que lidam com o solo etc. Em Matemática: a contagem dos dias, semanas, meses e anos (rotação e translação); tipos de relógios; calendário etc. Em Linguagem Oral e Escrita: diferença entre a grafia Terra e terra, polissemia da palavra pé; polissemia da palavra planta; quem diz obrigado e obrigada (questão de gênero); composição de um jornal-mural.

2. Atitudes, Normas e Valores: Em Natureza: receitas com sobras de alimentos; respeito às plantas e pequenos animais existentes numa horta; higiene (mãos, corpo e dentes); cuidados com a alimentação, dieta saudável; cuidados ao estar em contato com forno e fogão; Em Matemática: cotação de preços (+ caro e + barato); Em Sociedade Movimento: biografia dos artistas estudados em Artes Visuais, Música e Linguagem Oral e Escrita, cuidados ao atravessar a rua; como se portar na casa de uma pessoa como visitante; como se portar à mesa (self-service e quantidade adequada ao montar seu prato); Em Linguagem Oral e Escrita: contato com o belo artístico de diversas produções literárias através da apreciação de poesias e músicas de escritores como: Carlos Drumond de Andrade, Casimiro de Abreu, Cecília Meireles, Fagundes Varela, Gonçalves Dias, Henriqueta Lisboa, Manuel Bandeira, Mário Quintana, Olavo Bilac e Vinícius de Moraes; Em Artes Visuais: contato com o belo artístico através da apreciação de trabalhos de artistas como Claude Monet, Vincent Van Gogh e Maurício de Sousa; Em Temas Transversais: respeito, cooperação e amizade; Em Música: apreciação de peças musicais de artistas consagrados à infância através de audições, recitações e reproduções das mesmas.

3. Procedimentos: Em Natureza: etapas e objetos para lidar com o solo; etapas e objetos para o cultivo de uma horta; etapas para a adubação; como regar plantas; diferença de procedimentos numa horta em dias de chuva e em dias de sol; como cozinhar; como produzir adubo orgânico; como retirar ervas daninhas; como montar uma tabela para cotar preços; etapas de como identificar causas e problemas no plantio de hortaliças; como transplantar hortaliças e especiarias; Em Matemática e Linguagem Oral e Escrita: como montar uma tabela para controle de causas e problemas no plantio de hortaliças.

Recursos: Jornais, revistas, livros, slides, apostilas, utensílios necessários para o plantio de uma horta, papéis diversos, cola, tesoura, lápis, canetas hidrocor, giz de cera, giz pastel, sementes, água, sobras de alimento, lixo orgânico, fitas cassete e CD’s, réplicas ou detalhes de obras de arte, entre outros.

Desenvolvimento do projeto: 1) roda da conversa diária (sobre conhecimentos prévios dos alunos acerca do cultivo de uma horta e sobre descobertas que ampliavam seus conhecimentos a cada dia); 2) roda da leitura (com portadores de texto que trouxessem ao grupo informações, dados, mas, sobretudo, sabor pelo fato de estarem pesquisando sobre a horta: poesias, contos etc.) (veja quadro 2); 3) pesquisa em diversos portadores textuais – revistas, livros, apostilas – constantes de diferentes acervos (biblioteca escolar, biblioteca do bairro, acervos familiares, acervo da professora, bancas e livrarias) de materiais que pudessem informar ao grupo as etapas sobre o cultivo de uma horta; 4) debate com base nos conhecimentos prévios e nas informações recolhidas do material pesquisado – a professora teve o cuidado de não interferir desnecessariamente nas discussões, para que os alunos pudessem experienciar o contato com diferentes pontos de vista e que se apoiassem mutuamente, rechaçassem ou corroborassem as diferentes contribuições advindas de seus pares; 5) entrevista com mães “cuidadoras de horta” para relato de sua experiência e exemplificação – apreciação prática – de sua conduta quando do cultivo de uma horta; 6) visita a uma horta “familiar” – horta cultivada pela família de uma das crianças; 7) preparo do solo para plantio; plantio de sementes de couve e alface; seleção de sementes; coleta de ervas daninhas; tratamento de pragas; tratamento de pequenos animais; rega diária; produção de adubo orgânico; registro de atividades e experiências efetuadas; 8) apreciação e leitura de obras de arte (Primeiros Passos – de Vincent Van Gogh (1890) e Os primeiros passos da Moniquinha – de Maurício de Sousa (2001); A Sesta – Vincent Van Gogh (1890) e O Cochilo – de Maurício de Sousa (1993); De Manhã: Casal de Camponeses a Caminho do Trabalho – de Vincent Van Gogh (1890) e De Manhã: Casal de Caipiras a Caminho da Roça – de Maurício de Sousa (2001); O jardim em Argenteul – de Monet (1873); Girassóis – de Vincente Van Gogh (1889) entre outras, possibilitando a re-leitura das crianças (técnica que possibilita a criação de obras de arte inspirando-se na obra original, porém com atributos do novo artista); 9) impressão com folhas, pintura a dedo, pintura com lápis aquarelável, recorte, colagem e complementação de cenas; dobraduras, cartonagem e bisqüis de animais e plantas; 10) audição de histórias e músicas; re-conto de histórias e “causos” ouvidos; 11) texto coletivo sobre o conhecimento adquirido para composição de jornal-mural; elaboração e escrita de listas de produtos, procedimentos e regras para o cultivo de uma horta, quanto de uma visita social, quando de um almoço coletivo, quando de um piquenique.
A Pedagogia de Projetos é hoje muito veiculada no cenário pedagógico, porém, a idéia não é tão nova. Ela remonta aos ideais pedagógicos do início do século, quando se falava em ensino global e sobre o qual se debruçaram famosos educadores, entre eles, os norte-americanos John Dewey (1852-1952) e Willian Kilpatrick (1871-1965). Idealizada inicialmente por Kilpatrick (1974), discípulo de Dewey e, atualmente, re-estruturada e veiculada por Hernandez, a pedagogia de projetos teve início a partir do pressuposto da importância de se desempenhar, no espaço escolar, atividades com intenções definidas ou integradas a partir de propósitos pessoais.

“É uma experiência valiosa, unitária, intencional, intensamente auto-motivada e realizada em situação real, cujo objetivo determina os rumos das atividades e guia os seus passos até sua completa realização. Só uma atividade aceita e projetada pelos alunos pode fazer da vida escolar uma vida que eles sintam que vale a pena viver” (Kilpatrick 1974, p. 11).

O Método dos Projetos de Kilpatrick parte de problemas reais, do dia-a-dia do aluno. Todas as atividades escolares realizam-se através de projetos. Originalmente ele chamou de projeto à "tarefa de casa" - "home project" - de caráter manual que a criança executava fora da escola. O projeto como metodologia didática era uma atividade intencionada que consistia em os próprios alunos fazerem algo num ambiente natural, por exemplo: construindo uma horta, poderiam aprender: ciências, linguagem, geometria, desenho, cálculo, história natural etc.

Kilpatrick classificou os projetos em quatro grupos: a) de produção: no qual se produzia algo; b) de consumo: no qual se aprendia a utilizar algo já produzido; c) para resolver um problema e d) para aperfeiçoar uma técnica de aprendizagem. Para ele, um bom projeto didático deveria abarcar as seguintes características: a) ser uma atividade motivada por meio de uma conseqüente intenção; b) caracterizar-se como um plano de trabalho, de preferência manual; c) constituir-se de atividades que impliquem uma diversidade globalizada de ensino; d) ser uma atividade que se dê num ambiente natural. Ainda para Kilpatrick, um bom projeto deveria estar pautado nos três princípios seguintes: a) princípio da situação problemática: o projeto surge de um problema que desperta o interesse do aluno, a ponto dele desejar resolvê-lo; b) princípio da experiência real anterior: em que só a experiência garante o êxito; c) princípio da eficácia social: o projeto deve ser executado em conjunto e para elucidar questões que garantam uma boa convivência (Ibid).

Percebe-se semelhança de pontos de vista entre Kilpatrick (1974) e Hernandez (1996) quanto à categorização de um bom projeto. Para Hernandez (1996) o que “poderia ser” um projeto – numa atitude que trata de manter uma certa coerência com a noção de conhecimento, ensino e aprendizagem veiculada na Metodologia de Projetos – pode ser assim caracterizado: 1) um percurso por um tema-problema que favorece a análise, a interpretação e a crítica (como contraste de pontos de vista); 2) Onde predomina a atitude de cooperação e o professor é um aprendiz e não um perito (pois ajuda a aprender sobre os temas que há de estudar com os alunos); 3) um percurso que busca estabelecer conexões e que questiona a idéia de uma versão única da realidade; 4) cada percurso é singular e se trabalha com diferentes tipos de informação; 5) o docente ensina a escutar: do que os outros dizem também podemos aprender; 6) sobre o que queremos ensinar há diferentes formas de aprender (e não sabemos se aprenderão isso ou outras coisas); 7) uma aproximação atualizada aos problemas das disciplinas e dos saberes; 8) uma forma de aprendizagem em que se leva em conta que todos os alunos podem aprender se encontrarem lugar para isso; 9) por isso, não se duvida que a aprendizagem vinculada ao fazer, à atividade manual e à intuição, também é uma forma de aprendizagem.

Desta forma, a Metodologia de Projetos possibilita desenvolver atividades de ensino e aprendizagem que permitem a contribuição de diversas áreas do conhecimento e favorece a compreensão dos multifacetados aspectos que compõem a realidade. Nesta metodologia, professor e alunos compartilham metas objetivas de trabalho e os conteúdos são organizados em torno de questões que permitem a sua re-significação no interior do processo ensino-aprendizagem.

Alunos e professor têm a possibilidade de aplicar seus conhecimentos prévios sobre determinado tema, buscar novas informações e utilizar os conhecimentos e os recursos construídos a partir de diálogos e pesquisas, atribuindo um sentido amplo ao assunto.

Ao professor, cabe planejar uma série de atividades organizadas e direcionadas para a meta objetiva preestabelecida para que, ao realizá-las, os alunos assumam coletivamente a tarefa de decidir sobre o desenvolvimento do trabalho, bem como, conheçam e discutam a produção de todos os grupos da classe. Faz-se necessário que o professor tenha clareza dos objetivos que quer alcançar, formule claramente as etapas do processo e, portanto, planeje o trabalho a ser implementado.

Devem ser incluídas no planejamento do projeto atividades de “saídas” da escola para “exploração de campo” que possibilite o contato com a realidade “além muros escolares”. A forma de organização dos conteúdos e atividades do projeto, porém, não deve representar aumento de carga horária de alunos ou professores e, tampouco, de atividades extras: ela é a maneira sine qua non para se planejar a tarefa educativa formal.

A culminância do Projeto se dá através da circulação do conhecimento construído na forma de uma atividade de expansão para o meio coletivo, ou seja, para a comunidade escolar. Desta forma, os alunos sabem objetivamente o que e porque estão executando as atividades propostas; aprendem a formular questões investigativas e a transformar dados em informações, informações em conhecimento e, conhecimento em instrumento de ação, ainda que esta ação, aos olhos de outrem, possa parecer meramente recreativa.

Pautado nessa metodologia, o professor procura estabelecer seqüências de atividades e, portanto, de aprendizagem que proporcionem ao máximo a assimilação significativa, por parte dos alunos, dos conteúdos, das atividades e dos objetivos. Desta forma, toma decisões capitais sobre a maneira de planejar, de ensinar e de avaliar – percebendo se os aprendizados prescritos foram realmente atingidos na extensão e profundidade desejadas, no decorrer do processo e não através de situações artificiais de avaliação.

Essa metodologia pretende garantir o respeito às características de cada contexto educativo e às diferenças individuais dos alunos. O critério de individualização do ensino é o ritmo de aprendizagem: alunos mais lentos precisam de mais tempo para aprender e, os mais rápidos, de menos tempo. Torna-se abolida, portanto, a idéia de “intervenções complementares compensatórias” para as dificuldades de origem individual ou social dos alunos (como a prática das aulas de apoio). A verdadeira individualização consiste em adaptar os métodos de ensino às características diferentes dos alunos e, neste particular, a metodologia de Projetos resulta bastante interessante.

Características de um planejamento a partir da Metodologia de Projetos:
* o objetivo é compartilhado por todos os envolvidos;
* há um produto final em função do qual todos trabalham;
* dispõe-se do tempo de maneira flexível;
* os alunos podem tomar decisões a respeito de muitas questões: controle do tempo, divisão e redimensionamento de tarefas, avaliação do resultado em função do plano inicial, entre outras;
* planeja-se situações em que as linguagens oral e escrita se inter-relacionem de maneira contextualizada (leitura e produção de texto);
* planeja-se situações lingüisticamente significativas;
* pode-se envolver ou não diferentes áreas do conhecimento;
* pode-se estabelecer uma intersecção entre conteúdos de diferentes áreas do conhecimento;
* favorece-se o necessário compromisso do aluno com sua própria aprendizagem;
* agrega-se significado à determinadas práticas habituais que não fazem qualquer sentido quando trabalhadas descontextualizadamente, tais como: cópia, ditado, produção de texto coletivo, correção exaustiva do produto final, exigência de ortografia impecável, entre outras.

Assim, sendo respeitadas as características básicas de um planejamento pautado na Metodologia de Projetos e levando-se em consideração a tipologia de conteúdos exposta acima (sugeridos por Coll, 1997), o professor deve se pautar no objetivo de construir com seus alunos um certo “corpo de condutas” – valores, atitudes, princípios, procedimentos, conceitos e fatos – que os faça perceberem quão grandiosa é a tarefa proposta.

Posto que leva em consideração a multifacetada gama de aspectos de que se constitui o sujeito cognoscente: razão, afetividade, sociabilidade e, sobretudo, corporeidade – sem o corpo não há morada para a afetividade, para a cognição ou para a sociabilidade, pois o aluno se apresenta ao mestre através de seu corpo, a partir do qual pensa, fala, toca, gesticula – pois, planejar, é “pré-ver”, é encaminhar, é acompanhar o processo e aguardar – numa “espera impaciente” – o produto: um aluno ciente e consciente do mundo, das coisas do mundo, de como lidar com os outros, com o mundo e consigo mesmo. Assim, organiza o “caos” da existência do aluno ao impor determinados limites, ao mesmo tempo em que o leva a transpor seus limites, numa busca constante pela excelência, acalentando o sonho de poder construir um sujeito que tenha espaço no grupo e que seja capaz de construir seus próprios conhecimentos.

Deste modo, os conteúdos serão significativos, pois o que acontecer em decorrência do planejamento, foi "pré-visto", feito, escolhido, pensado, sentido, analisado e empreendido com base em necessidades reais. Sábio que é, o professor reconhece seu papel de apresentar à criança o espaço público – a res publica – sem feri-la ao apresentar a ela a despedida do espaço privado e a ampliação de horizontes provocada por esta despedida.

Exemplo prático

Tomemos como exemplo a temática “Horta”. Com base no exposto acima, pretende-se esclarecer a seguinte idéia: mais do que saber o que é uma horta, o que plantar numa horta, de quais seres é constituído o ecossistema de uma horta, o que são hortaliças (conteúdos conceituais); a criança deve aprender a construir conhecimentos sobre: como plantar, como cuidar de uma horta, como cultivar hortaliças (conteúdos procedimentais) e como cuidar do ecossistema de uma horta, como aproveitar o produto de uma horta – seus frutos –, como alterar seus hábitos alimentares a partir do cultivo de uma horta (conteúdos atitudinais), enfim, provocar mudanças de valores, atitudes e procedimentos a serem utilizados na vida em sociedade.

A seguir, exemplifica-se, de modo didático, uma vivência junto a um grupo de alunos, quando determinada professora desenvolveu um projeto de trabalho tendo como tema “Uma horta em minha escola”.

“O cuidado com o canteiro iria iniciar e a sala estava em polvorosa. Primeiro, conversamos acerca de seus conhecimentos sobre uma horta. Muitas hipóteses pipocaram. Passamos, então, a elencar quais materiais necessitaríamos para o cultivo de uma horta, os quais foram listados em uma tabela com duas entradas, na qual a primeira entrada apresentava os materiais e instrumentos necessários e, a segunda entrada apresentava o conceito de pertencimento – se tínhamos ou não aquele instrumento na escola ou se precisaríamos adquiri-lo”.

Antes, porém, foi necessário que a professora sistematizasse as etapas do processo, como na Tabela 1:

Tema do projeto: Uma horta em minha escola

Abrangência: Conhecimento de Mundo: Natureza e Sociedade, Linguagem Oral e Escrita, Matemática, Artes Visuais, Movimento e Música.

Produtores: Professora e alunos da sala verde - turma de 6 anos

Destinatário: Professores e alunos da sala verde especificamente e comunidade escolar em geral

Como começar: Roda da conversa (sobre conhecimentos prévios dos alunos acerca do cultivo de uma horta) roda da leitura (com portadores de texto que trouxessem informações sobre o cultivo de uma horta)

Justificativa: O presente projeto não contou com determinação prévia de sua duração, por se tratar de um tema instigante com possibilidades de abrangência genuínas. O interesse e participação da turma de alunos foi o fator determinante para a estruturação temporal do trabalho. A escolha deste tema se deu devido ao grande interesse demonstrado pelas crianças em manusear, observar e hipotetizar sobre bichinhos de jardins e hortas – tatuzinhos, borboletas, joaninhas, minhocas, entre outros, bem como plantas e flores – com gestos ora de afeto, ora de depredação – e os medos e brincadeiras derivadas desta exploração. Fazia-se necessário, assim, possibilitar que os alunos conhecessem e cultivassem uma horta, conhecessem seu ecossistema e se sensibilizassem sobre o fato de ser, a horta, fonte de alimentação e consumo; procurando ampliar seus horizontes no que tange à constituição e importância de uma horta para a alimentação, a possibilidade de inserir outras atitudes frente aos seres vivos em questão, bem como, ampliar seu entendimento quanto aos hábitos alimentares em sua dieta diária.

O que os alunos vão aprender:

1. Fatos, Conceitos e Princípios: Em Natureza: o que é ecossistema; o que é germinação; o que é fauna e flora; o que é adubo; tipos de adubo; o que é transplante de plantas; o que são hortaliças, especiarias e bulbos; o que são frutas e legumes; o que é clorofila; diferenças entre semente e caroço; partes de uma planta; o que são plantas ornamentais; o que são plantas medicinais; diferenças entre floresta, horta, jardim, pomar; diferenças entre fazenda, chácara e sítio; classificação de árvores e arbustos e outras plantas; o que são ervas daninhas e pragas; qual é o ecossistema de uma horta: o que são pulgões, lagartas, minhocas, formigas, vaquinha, brocas, cochonilhas, afidídeos, lesmas, caracóis, borboletas e joaninhas e quais suas “funções”; horticultura e fases da lua, sistema solar e planeta Terra; quantidade de água existente no planeta Terra; importância do sol, do ar e da água para o plantio; coleta seletiva de lixo, tipos de lixo; porque precisamos nos alimentar; tipos de alimentos (reguladores, construtores e energéticos); diferença entre vento, ar e gases intestinais; órgãos do sentido; aparelho digestório; agravos à saúde etc. Em Sociedade: o que é uma quitanda; planta do bairro onde se mora; planta de uma casa (externa) com horta; planta de uma horta; profissionais que lidam com o solo etc. Em Matemática: a contagem dos dias, semanas, meses e anos (rotação e translação); tipos de relógios; calendário etc. Em Linguagem Oral e Escrita: diferença entre a grafia Terra e terra, polissemia da palavra pé; polissemia da palavra planta; quem diz obrigado e obrigada (questão de gênero); composição de um jornal-mural.

2. Atitudes, Normas e Valores: Em Natureza: receitas com sobras de alimentos; respeito às plantas e pequenos animais existentes numa horta; higiene (mãos, corpo e dentes); cuidados com a alimentação, dieta saudável; cuidados ao estar em contato com forno e fogão; Em Matemática: cotação de preços (+ caro e + barato); Em Sociedade Movimento: biografia dos artistas estudados em Artes Visuais, Música e Linguagem Oral e Escrita, cuidados ao atravessar a rua; como se portar na casa de uma pessoa como visitante; como se portar à mesa (self-service e quantidade adequada ao montar seu prato); Em Linguagem Oral e Escrita: contato com o belo artístico de diversas produções literárias através da apreciação de poesias e músicas de escritores como: Carlos Drumond de Andrade, Casimiro de Abreu, Cecília Meireles, Fagundes Varela, Gonçalves Dias, Henriqueta Lisboa, Manuel Bandeira, Mário Quintana, Olavo Bilac e Vinícius de Moraes; Em Artes Visuais: contato com o belo artístico através da apreciação de trabalhos de artistas como Claude Monet, Vincent Van Gogh e Maurício de Sousa; Em Temas Transversais: respeito, cooperação e amizade; Em Música: apreciação de peças musicais de artistas consagrados à infância através de audições, recitações e reproduções das mesmas.

3. Procedimentos: Em Natureza: etapas e objetos para lidar com o solo; etapas e objetos para o cultivo de uma horta; etapas para a adubação; como regar plantas; diferença de procedimentos numa horta em dias de chuva e em dias de sol; como cozinhar; como produzir adubo orgânico; como retirar ervas daninhas; como montar uma tabela para cotar preços; etapas de como identificar causas e problemas no plantio de hortaliças; como transplantar hortaliças e especiarias; Em Matemática e Linguagem Oral e Escrita: como montar uma tabela para controle de causas e problemas no plantio de hortaliças.

Recursos: Jornais, revistas, livros, slides, apostilas, utensílios necessários para o plantio de uma horta, papéis diversos, cola, tesoura, lápis, canetas hidrocor, giz de cera, giz pastel, sementes, água, sobras de alimento, lixo orgânico, fitas cassete e CD’s, réplicas ou detalhes de obras de arte, entre outros.

Desenvolvimento do projeto: 1) roda da conversa diária (sobre conhecimentos prévios dos alunos acerca do cultivo de uma horta e sobre descobertas que ampliavam seus conhecimentos a cada dia); 2) roda da leitura (com portadores de texto que trouxessem ao grupo informações, dados, mas, sobretudo, sabor pelo fato de estarem pesquisando sobre a horta: poesias, contos etc.) (veja quadro 2); 3) pesquisa em diversos portadores textuais – revistas, livros, apostilas – constantes de diferentes acervos (biblioteca escolar, biblioteca do bairro, acervos familiares, acervo da professora, bancas e livrarias) de materiais que pudessem informar ao grupo as etapas sobre o cultivo de uma horta; 4) debate com base nos conhecimentos prévios e nas informações recolhidas do material pesquisado – a professora teve o cuidado de não interferir desnecessariamente nas discussões, para que os alunos pudessem experienciar o contato com diferentes pontos de vista e que se apoiassem mutuamente, rechaçassem ou corroborassem as diferentes contribuições advindas de seus pares; 5) entrevista com mães “cuidadoras de horta” para relato de sua experiência e exemplificação – apreciação prática – de sua conduta quando do cultivo de uma horta; 6) visita a uma horta “familiar” – horta cultivada pela família de uma das crianças; 7) preparo do solo para plantio; plantio de sementes de couve e alface; seleção de sementes; coleta de ervas daninhas; tratamento de pragas; tratamento de pequenos animais; rega diária; produção de adubo orgânico; registro de atividades e experiências efetuadas; 8) apreciação e leitura de obras de arte (Primeiros Passos – de Vincent Van Gogh (1890) e Os primeiros passos da Moniquinha – de Maurício de Sousa (2001); A Sesta – Vincent Van Gogh (1890) e O Cochilo – de Maurício de Sousa (1993); De Manhã: Casal de Camponeses a Caminho do Trabalho – de Vincent Van Gogh (1890) e De Manhã: Casal de Caipiras a Caminho da Roça – de Maurício de Sousa (2001); O jardim em Argenteul – de Monet (1873); Girassóis – de Vincente Van Gogh (1889) entre outras, possibilitando a re-leitura das crianças (técnica que possibilita a criação de obras de arte inspirando-se na obra original, porém com atributos do novo artista); 9) impressão com folhas, pintura a dedo, pintura com lápis aquarelável, recorte, colagem e complementação de cenas; dobraduras, cartonagem e bisqüis de animais e plantas; 10) audição de histórias e músicas; re-conto de histórias e “causos” ouvidos; 11) texto coletivo sobre o conhecimento adquirido para composição de jornal-mural; elaboração e escrita de listas de produtos, procedimentos e regras para o cultivo de uma horta, quanto de uma visita social, quando de um almoço coletivo, quando de um piquenique.

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